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Modelo explicativo para o envelhecimento bem-sucedido: explorando o papel da atenção plena, dos fatores da autocompaixão e do bem-estar subjetivo em idosos

Por Francisco Vitor Soldá de Souza



A presente dissertação teve como objetivo geral explorar como a atenção plena, os fatores da autocompaixão e os componentes do bem-estar subjetivo (BES) se relacionavam com o envelhecimento bem-sucedido (EBS) em idosos. Para contemplar tal objetivo, foram realizados sete estudos, sendo: três (03) revisões narrativas, duas (02) revisões integrativas e dois (02) estudos transversais (empíricos). O primeiro estudo propôs uma discussão acerca do modelo de EBS de Baltes e Baltes e discorreu sobre o papel do BES ao longo do envelhecimento humano. Os resultados indicaram que o EBS foi referido como uma meta ao longo do curso de vida e que o BES, a partir dos componentes afetos positivos, satisfação com a vida (SV) e afetos negativos (ANs), atua como um dos principais indicadores na avaliação do sucesso do envelhecimento. Na sequência, o segundo estudo propôs delinear os aspectos históricos e conceituais do mindfulness e sua relação com o BES. Os achados sugeriram que o mindfulness atua como uma estratégia psicológica positiva para a promoção do BES, para a regulação emocional e para uma melhor adaptação aos eventos estressores da vida. O terceiro estudo, por sua vez, buscou compreender as bases históricas, conceituais e práticas da autocompaixão e o seu papel na promoção de BES. Os resultados sugeriram que a compaixão direcionada para si está relacionada à redução de sintomas psicológicos, com destaque para a depressão e a ansiedade, para a amenização da autocrítica e para regular as emoções, contribuindo assim para uma maior afetividade positiva, menor afetividade negativa e maior SV. Em seguida, os estudos quatro e cinco, que se utilizaram do método de revisão integrativa da literatura, buscaram sintetizar os resultados das intervenções baseadas em mindfulness com idosos e identificar e descrever as evidências científicas sobre o papel da autocompaixão como estratégia positiva para o bem-estar na velhice, respectivamente. Em relação aos resultados encontrados, o estudo quatro destacou que a prática de mindfulness contribuiu para reduzir os sintomas de depressão, ansiedade, estresse e insônia, gerando uma melhor percepção de BES e aumento da qualidade de vida em idosos, enquanto que o estudo cinco sinalizou que a autocompaixão se apresenta como uma estratégia psicológica positiva para a promoção de BES na velhice, ao favorecer uma menor autocrítica, melhor regulação emocional e a introdução de comportamentos de vida saudáveis. Na sequência, o estudo seis buscou verificar a percepção de idosos quanto ao BES, a atenção plena e a autocompaixão na velhice, e a relação destes fatores com o EBS, sendo observado que o BES assume um papel importante na percepção de sucesso do envelhecimento, ao passo em que a autocompaixão e a atenção plena parecem contribuir para uma melhor satisfação com vida, maior afetividade positiva e menor afetividade negativa nesta etapa da vida. Por fim, o estudo sete propôs testar um modelo explicativo de EBS, tendo o mindfulness e os fatores da autocompaixão como variáveis preditoras, e os componentes do BES como variáveis mediadoras, de modo que os resultados evidenciaram que o mindfulness e o fator positivo da autocompaixão (formado pela junção dos itens dos fatores autobondade, humanidade compartilhada e atenção plena) explicaram positivamente e significativamente os afetos positivos, enquanto que os afetos positivos explicaram significativamente e positivamente o EBS, sugerindo que a introdução de estratégias psicológicas positivas podem contribuir para aumentar a afetividade positiva, enquanto que este componente do bem-estar parece assumir um papel importante na avaliação subjetiva acerca do sucesso do envelhecimento. Além disso, o mindfulness e o fator positivo da autocompaixão explicaram, indiretamente, o EBS.


Confira a dissertação completa no Repositório Institucional da UFS: https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/17453

 
 
 

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Psicólogo (CRP 03/25291), pesquisador, professor e supervisor em Psicologia.

Doutorando e Mestre em Psicologia (UFS).

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Francisco Vitor Soldá | Psicólogo, professor e pesquisador © 2025.

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